O que é a Aplasia Medular? Conheça seus sintomas, causas e tratamento.

Por RAQUEL LUIZA,


Aplasia medular: qué es, síntomas y tratamiento | Top Doctors

A aplasia medular ou aplasia da medula óssea é uma doença caracterizada pela alteração no funcionamento da medula óssea.

A desordem da medula óssea é caracterizada pela diminuição do tecido hematopoiético (tecido responsável pela produção de células sanguíneas), não atribuível à presença de tumores, fibrose (tecido cicatricial) ou outros processos infiltrativos, e que está associada à diminuição das células sanguíneas.
Existem três mecanismos causais: alterações das células germinativas da medula óssea, do tecido vascular e de suporte da medula óssea ou da regulação da hematopoiese.
As causas congênitas incluem anemia de Fanconi. A maioria dos adquiridos é idiopática (causa desconhecida). Às vezes, estão associados a medicamentos (cloranfenicol, sulfas, tiazidas), toxinas, radiação ou vírus (hepatite, herpes, parvovírus B19).

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Sintomas

A diminuição das células sanguíneas circulantes pode levar a uma série de sintomas, como palidez, falta de ar, presença de hematomas e ocorrência frequente de infecções.

Por se tratar de uma doença em que há baixo número de hemácias, plaquetas e leucócitos, os sintomas da aplasia medular estão relacionados com a diminuição desses elementos no sangue:

  • Cansaço excessivo;
  • Falta de ar;
  • Palidez;
  • Presença de manchas roxas na pele;
  • Sangramento anormal;
  • Infecções frequentes.

Esses sintomas podem surgir de repente ou de forma mais lenta e gradual. Além disso pode ser que haja dor de cabeça, taquicardia e tontura nos casos de aplasia medular.

 

Aplasia medular é câncer?

Aplasia medular não é câncer. Apesar da leucemia ser um tipo de câncer que acomete as células sanguíneas, nela ocorre uma alteração na medula que permite que a medula produza e libere mais células de determinada linhagem celular ou libere células que ainda não sofreram processo de maturação, como os mielócitos, por exemplo.

Já na aplasia medular, a medula perde de fato a sua função, ou seja, as células são produzidas numa quantidade muito menor ou pode simplesmente não haver produção.

Possíveis causas da aplasia medular

As causas da aplasia medular nem sempre são conhecidas, mas normalmente está relacionada a:

  • Exposição prolongada a radiações;
  • Uso de drogas citotóxicas;
  • Exposição a derivados de benzeno;
  • Exposição a inseticidas;
  • Infecções;
  • Uso de medicamentos como o cloranfenicol, por exemplo;
  • Doenças autoimunes.

Raramente a aplasia medular é hereditária, mas quando acontece está geralmente relacionada à anemia de Fanconi, que é uma doença grave, genética e rara em que a criança apresenta mal-formações, que podem ser observadas logo ao nascimento, manchas na pele, comprometimento renal, baixa estatura e mais chances de desenvolver tumores e leucemia.

 

Como é realizado o Diagnóstico?

O diagnóstico da aplasia medular é feito por meio de exame de sangue indicado pelo médico clínico geral, o hemograma, em que podem ser verificadas as quantidades de hemácias, leucócitos e plaquetas circulantes no sangue.
O diagnóstico é confirmado com a biópsia da medula óssea, que é obtida por punção e aspiração do osso (geralmente da crista ilíaca).

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TRATAMENTO

O tratamento de suporte consiste em transfusões de glóbulos vermelhos ou plaquetas.
O transplante de medula óssea é curativo em uma grande porcentagem dos casos. Pode ser singênico – quando doador e receptor são geneticamente idênticos (gêmeos univitelinos) -, alogênico – doador e receptor são geneticamente diferentes – ou autólogo – quando a medula vem do próprio paciente (autotransplante) -. A medula a ser transplantada é obtida por punção e aspiração das cristas ilíacas. Depois de submeter o paciente a um tratamento para evitar a rejeição, a medula do doador é infundida por via intravenosa. As células se implantam nas cavidades ósseas e começam a funcionar adequadamente após 2 a 4 semanas.
Existem tratamentos alternativos para pacientes candidatos ao transplante, como corticosteroides, imunoglobulinas e alguns imunossupressores.

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