Para um atendimento integrado às vítimas de violência, órgãos do judiciário e da segurança passam a compor o equipamento
Foi entregue nesta quarta-feira (23), a segunda etapa de serviços oferecidos pela Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia. No terceiro andar, foi inaugurado o espaço de gestão compartilhada entre os equipamentos parceiros no enfrentamento à violência contra a mulher, que inclui Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT); Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).
Já o segundo andar será um espaço exclusivo, voltado à capacitação profissional das mulheres atendidas, ou não, na CMB. O Empreende Mais Mulher II foi inaugurado em parceria com as secretarias de Trabalho e de Desenvolvimento Econômico e vai oferecer oficinas, palestras e cursos para as mulheres, com foco no desenvolvimento de competências socioemocionais e técnicas, para que elas possam conquistar a autonomia econômica, além de resgatarem a autoestima e fortalecerem o empoderamento feminino.
“A gente sabe que é estratégico para as mulheres que estão vivendo uma situação de violência terem uma porta de saída, por isso, a importância de termos um andar inteiro dedicado à autonomia econômica. O Espaço Empreende Mais Mulher terá portas abertas, com a possibilidade de as mulheres se inscreverem em cursos de capacitação, qualificação e palestras que têm como objetivo a inserção das mulheres no mercado de trabalho”, diz a secretária Ericka Filippelli.
Conheça o projeto assistindo ao vídeo:
O Empreende Mais Mulher na CMB de Ceilândia conta com um espaço preparado para atendimento individuais e em grupo, além de salas para a realização de oficinas e cursos; laboratório de informática com computadores e acesso à internet; auditório e uma cozinha equipada para a realização de oficinas que ensinarão, desde o preparo dos alimentos, até a venda do produto final.
Empreender
O programa Empreende Mais Mulher foi criado em 2019 pela Secretaria da Mulher. A primeira unidade funciona na Agência do Trabalhador, em Taguatinga. Agora, o programa está na unidade de Ceilândia com uma agenda de cursos já para o fim do mês de junho e julho.
Entre eles, estão os de “Economia criativa e espaços colaborativos”; “Gestão de carreira e criação de currículo” e “Workshop de oratória”. Para acompanhar todas as ofertas de cursos e se inscrever, a mulher pode acessar o site e preencher o formulário da oficina de interesse.
Atendimento humanizado
A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento criado para oferecer um atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica. O modelo revoluciona a forma de enfrentamento à violência de gênero, pois integra, amplia e articula todos os serviços do governo oferecidos às mulheres em situação de vulnerabilidade, por meio da articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.
O equipamento reúne, em um só espaço, acolhimento, triagem, apoio psicossocial, além de atendimento da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça. A oferta dos serviços desses órgãos públicos em um mesmo espaço evita que a mulher tenha que buscar atendimento fragmentado e sofra a revitimização durante a chamada rota crítica.
A cerimônia de inauguração dos espaços contou com a presença de Cristiane Brito, secretária nacional de Políticas para Mulheres; dra. Cíntia Costa, do Ministério Público do Distrito Federal; dra. Luciana Rocha, do Tribunal de Justiça do DF; José Eduardo Pereira Filho, secretário de Desenvolvimento Econômico; Júlio Danilo Souza Ferreira, secretário de Segurança Pública; coronel Vasconcelos, comandante-geral da PMDF; dr. Vitor Dan, da PCDF; dra. Rita Lima, da Defensoria Pública do Distrito Federal; dra. Adriana Romana, da Deam II; delegada Ana Carolina Litran, da Deam I; Priscila dos Santos, da Secretaria de Saúde; dr. Walmir Lemos, da Secretaria de Governo; Tiago Vinicius Pinheiro da Silva, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Fernando Fernandes, administrador de Ceilândia, entre outros.
Casa de Passagem
Está prevista, ainda para este ano, a inauguração da terceira etapa, que disponibilizará a Casa de Passagem, onde a mulher em situação de violência doméstica e sob risco de morte poderá contar com abrigo temporário, de até 48 horas, até que ela possa ser encaminhada a um local seguro ou para a rede de serviços externos de enfrentamento à violência.
A CMB de Ceilândia faz parte do Acordo de Cooperação Técnica do Programa “Mulher Segura e Protegida”, assinado no dia 20 de abril de 2021, firmando a parceria da Secretaria da Mulher com a Secretaria Nacional de Política para Mulheres, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Também participam da iniciativa o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).
*Com inf0ramações da Secretaria da Mulher
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