Por RAQUEL LUIZA,
A isquemia cardíaca, também conhecida como ou isquemia miocárdica ou do miocárdio, é caracterizada pela diminuição da passagem de sangue pelas artérias coronárias, que são os vasos que levam sangue ao coração. Geralmente, é causada pela presença de placas de gordura em seu interior, que quando não são devidamente tratadas, podem romper e entupir o vaso, causando dor e aumentando as chances de infarto.
Alterações no músculo cardíaco devido ao equilíbrio do miocárdio. A causa mais frequente é a aterosclerose das artérias coronárias, embora também possa ser decorrente de espasmo arterial, embolia ou aumento da demanda de oxigênio por hipertrofia miocárdica. A diminuição da oferta de oxigênio (isquemia) produz desde alterações mínimas na função ventricular, que aparecem apenas durante o esforço (angina crônica estável), até danos graves e irreversíveis à parede ventricular (infarto agudo do miocárdio). Secundariamente, o envolvimento da fibra muscular cardíaca pela isquemia pode causar disfunção da válvula mitral e / ou favorecer a produção de arritmias graves.
SINTOMATOLOGIA
A dor causada pela doença isquêmica do coração é chamada de dor no peito (angor pectoris).
A dor é referida como aperto ou sensação de peso na região retroesternal, embora possa irradiar para o pescoço, mandíbula, ombros e braços.
Às vezes, pode ocorrer no epigástrio ou no nível interescapular.
Caracteristicamente, aumenta com o esforço e desaparece com o repouso.
Quando a dor segue esse padrão, a condição é chamada de angina estável crônica.
À medida que a doença progride, a dor pode aumentar de intensidade ou frequência ou aparecer em repouso e estar associada a sintomas como suor, fadiga e falta de ar, levando a uma síndrome mais séria e arriscada: angina instável.
DIAGNÓSTICO
O questionamento é fundamental, uma vez que as características clínicas da dor podem ser o único elemento para definir o diagnóstico.
O eletrocardiograma em repouso e fora do episódio de dor é normal em mais de 50% dos casos.
O teste de esforço (ergometria) visa desencadear alterações eletrocardiográficas ou sintomas por meio de esforço progressivo e controlado.
O ecocardiograma de estresse é um ecocardiograma de estresse ou estresse que detecta distúrbios da motilidade ventricular secundários à deficiência do suprimento de oxigênio.
Os estudos de medicina nuclear, cintilografia e ventriculograma, com isótopos radioativos captados pelo músculo cardíaco, permitem detectar áreas de isquemia miocárdica.
A angiografia coronária (arteriografia coronária) é um método invasivo no qual a circulação das artérias coronárias é visualizada por injeção de contraste.
Exames de sangue são realizados para identificar a presença de alterações que causam risco ao coração, como colesterol, glicemia, triglicerídeos e função renal, por exemplo. Quando a suspeita de infarto, exame de sangue para avaliar os níveis das enzimas cardíacas também podem ajudar a confirmação.
Cada exame solicitado depende dos sintomas apresentados pela pessoa, e, se ainda houver dúvida, o cardiologista pode solicitar um cateterismo cardíaco para confirmar a presença de uma isquemia cardíaca.
TRATAMENTO
O controle dos fatores de risco da doença coronariana é essencial: hipertensão, tabagismo, diabetes, colesterol alto, estilo de vida sedentário e obesidade.
O tratamento farmacológico inclui aspirina, vasodilatadores e medicamentos que diminuem o consumo de oxigênio do miocárdio.
Em casos não controlados ou com grande número de músculos em risco, está indicada a revascularização coronariana por angioplastia com ou sem implante de stent ou cirurgia de revascularização (bypass aortocoronário).
A angioplastia coronária transluminal percutânea consiste na introdução de um cateter com balão inflável na ponta através de uma artéria periférica (femoral ou radial) até atingir a circulação coronária. O balão é inflado na área da obstrução, causando o rompimento da placa de ateroma e melhorando o fluxo sanguíneo.
Stents são dispositivos que são inseridos com o cateter de angioplastia e impactados no par arterial, na área da placa de ateroma, aumentando os enxertos arteriais (artéria mamária interna, radial) ou venosos (veia safena interna).