Por RAQUEL LUIZA,
É a forma mais grave e aguda de apresentação da insuficiência cardíaca.
É observado quando o acúmulo de líquido no parênquima pulmonar é tão importante que compromete os alvéolos, afetando seriamente as trocas gasosas.
É uma emergência médica e pode ser fatal se não for tratada rapidamente.
O edema pulmonar agudo, também chamado de edema agudo do pulmão (EAP), é uma emergência médica causada pelo extravasamento de água dos vasos sanguíneos para o tecido pulmonar, tornando a respiração difícil.
Na prática, um paciente com EAP tem os seus alvéolos cheios de água e comporta-se como se estivesse se afogando.
Ao contrário do que se possa imaginar, os nossos vasos sanguíneos não são tubos impermeáveis, eles apresentam poros que permitem a saída e entrada de células, bactérias, proteínas e água.
O edema do pulmão ocorre basicamente por dois mecanismos:
Aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos
Quando a pressão fica muito elevada dentro dos vasos do pulmão, a água do sangue tende a “sorar” através dos poros, indo se acumular dentro do tecido pulmonar, principalmente nos alvéolos, que são as estruturas que realizam as trocas gasosas.
Aumento da permeabilidade dos vasos
Algumas doenças que serão explicadas a seguir causam um aumento nos poros dos vasos sanguíneos, tornando-os mais permeáveis, o que facilita o extravasamento de água.
SINTOMATOLOGIA
O paciente apresenta graves dificuldades respiratórias, suor excessico, inquieto, angustiado, inchaço,tontura, com uma sensação de morte iminente.
Você pode ter tosse com expectoração espumosa.
A pele fica pálida ou cianótica (azulada).
Ao exame físico, o estalido característico (ruído de água fervente) é observado à ausculta pulmonar.
Às vezes, podem ser observados sudorese fria, taquicardia, sopro cardíaco, terceira bulha por disfunção ventricular, hipertensão ou hipotensão.
DIAGNÓSTICO
Os exames complementares (eletrocardiograma, radiografia de tórax, hemograma) nos permitem aproximar o diagnóstico etiológico, mas não devem atrasar o tratamento.
TRATAMENTO
A primeira medida terapêutica consiste em sentar o paciente e administrar oxigênio em altas concentrações.
O tratamento sintomático inclui morfina, vasodilatadores e diuréticos. Em casos específicos, devem ser administrados medicamentos que estimulem a contratilidade miocárdica (inotrópicos).
O tratamento definitivo dependerá da causa da insuficiência cardíaca.