No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, política socioassistencial ressalta seu papel para esse público
Davi Samuel de Lima, de 40 anos, não mede esforços para ir ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do Guará. Apesar de morar perto da unidade, cerca de 3 quilômetros, ele precisa “dar seu jeito” para não perder o atendimento, já que utiliza cadeira de rodas. “Geralmente, eu pego ônibus e venho. Mas, algumas vezes, quando o sol não está tão forte, eu venho no braço mesmo”.
Samuel recebeu o atendimento da assistente social, Cristiane Pereira da Paz, nesta terça-feira (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. “Não me sinto privado de nada. Não me sinto menos que ninguém devido a minha condição”, diz.
Contemplado com o Cartão Prato Cheio e com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), ele investe o auxílio que recebe na manutenção da casa e também ajuda os pais que são aposentados.
Nos 29 Cras e nos 12 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) são desenvolvidas ações voltadas para a valorização, convivência familiar e comunitária, inclusão social e estimulação do protagonismo das pessoas com deficiência na sociedade.
Acompanhados por profissionais especializados, participam de encontros, grupos de conversas e atividades de lazer para promoção da inclusão. No atendimento desta tarde, Davi foi informado que precisava atualizar o Cadastro Único no próximo mês. Ele é uma das 46.371 pessoas com deficiência cadastradas para programas sociais no Distrito Federal, de um total de 493.872 cidadãos.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social (Sedes), Mayara Noronha Rocha, a pasta faz questão de se ater às necessidades específicas das famílias das pessoas com deficiência.
“Além de um atendimento mais direcionado, esse público tem prioridade no agendamento para as unidades, com ênfase em um acompanhamento sistemático das famílias”, explicou a gestora ao enfatizar a importância de um olhar especializado no atendimento aos cidadãos.
A secretária explica ainda que as maiores demandas são pelo BPC, “porém, quando não cabe, busca-se inserir em outros serviços da política, levando em consideração o perfil familiar”, ressaltou a secretária.
*Com informações da Sedes