Por RAQUEL LUIZA,
Também conhecido como flegmão dental, consiste no acúmulo de material purulento no tecido que circunda a cavidade dentária. É uma complicação da cárie dentária que atingiu a polpa dentária e afetou o tecido alveolar.
Embora referido como um abcesso ou abscesso no dente, devido à sua origem, este acaba por se evidenciar na gengiva adjacente ao dente infecionado.
Os abcessos dentários surgem na sequência da contaminação por bactérias que invadem e infetam a polpa dentária. Como consequência desta infeção, caso não seja tratada, a patologia evolui até à formação e acumulação de pus.
A boca é o único órgão que é interno e externo. Além de receber com frequência alimentos e objetos, é úmida e quente por causa da saliva, ou seja, o lugar perfeito para abrigar cerca de seis bilhões de bactérias. Enquanto algumas são responsáveis pela digestão dos alimentos, outras são extremamente perigosas e agressivas e podem causar infecções, caso o corpo esteja vulnerável. Se não tratada, uma infecção no dente pode se tornar algo mais grave.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a ida ao dentista ao menos uma vez por ano. Nas consultas, o profissional deve fazer higienização dos dentes, verificar se há fratura, cárie e inflamação na boca, e fazer radiografias em caso de maiores suspeitas.
Como nossa boca faz parte do contexto geral do corpo, é impotante darmos atenção devida para ela, talvez por não saber que ela é foco de inúmeras bactérias.
Importante realizar uma escovação e fio dental todos os dias são essenciais.
Sintomatologia
Ela se manifesta como uma flutuabilidade dolorosa e flutuante no local que causa um bolo de dente cariado.
No dente com abscesso para além da presença da bolsa de pus, inicialmente de cor vermelha ou avermelhada, que vai adquirindo uma tonalidade esbranquiçada com o aumento do conteúdo purulento, são patentes, habitualmente, os seguintes sinais e sintomas:
- Dor nos dentes, latejante e constante no dente ou área da gengiva afetada, que pode intensificar ou ser mais patente ao mastigar;
- Inflamação da gengiva (gengivite), vermelhidão, ou “inchaço das gengivas”;
- Sensibilidade nos dentes (que se faz sentir ou aumentar com o toque, ou na presença de quente ou frio);
- Halitose (mau hálito), ou sabor amargo na boca;
- Gânglios do pescoço hipertrofiados (“inchados”);
- Desconforto geral, inquietação ou sensação de mal-estar;
- Presença de “inchaço” no maxilar superior ou inferior, podendo ficar o “rosto inchado”.
Se o abcesso dentário não for tratado pode originar a perda do dente e lesões significativas nos tecidos envolventes, podendo também ocorrer a disseminação da infeção para outros órgãos do corpo. A disseminação da infeção pode tornar-se num problema grave ou até perigoso para a saúde do doente, pelo que é importante que a consulta com o médico dentista ocorra logo após os primeiros sinais e sintomas.
Deve procurar com urgência o médico dentista caso apresente algum dos seguintes sinais ou sintomas, normalmente já associados a estádios avançados de abcesso dentário:
- Náuseas;
- Vómitos;
- Febre;
- Arrepios;
- Diarreia.
Se a polpa na raiz do dente degenera e necrosa (morre) como resultado de infeção, a dor de dentes pode parar. No entanto, isso não significa que a infeção tenha sido debelada. Ou seja, a infeção pode permanecer ativa, mais ou menos latente, e continuará a disseminar-se e a destruir os tecidos adjacentes. Portanto, se sentir algum dos sintomas atrás descritos, é importante efetuar consulta com o médico dentista, mesmo que a dor desapareça.
DIAGNÓSTICO
Se realizado na presença dos sintomas descritos, após examem físico da cavidade oral, no entanto, em certos casos pode haver a necessidade de realizar uma radiografia periapical ou de uma ortopantomografia (Rx ou radiografia panorâmica) da área em questão.
TRATAMENTO
Administração de antibióticos, drenagem do abscesso se responde a estes e é insuficiente e reparação de cárie.