CIRROSE HEPÁTICA

Por RAQUEL LUIZA,

 

A cirrose hepática é uma inflamação crônica do fígado caracterizada pela formação de nódulos e tecido fibrótico, que dificultam o trabalho do fígado.

Ocorre em decorrência de diversas patologias como alcoolismo (a mais frequente), hepatites virais (a mais frequente atualmente devido ao vírus C), exposição a drogas e toxinas, doença de Wilson, hemocromatose e outras causas menos frequentes.

A cirrose hepática não tem cura e, por isso, o tratamento normalmente é feito com alterações na dieta, assim como o uso de medicamentos para controlar alguns dos sintomas. Nos casos mais graves, pode ser necessária cirurgia para transplante de fígado.

Cirrose - o que é, causas, sintomas, complicações, tratamento

 

SINTOMATOLOGIA

Os pacientes com cirrose compensada geralmente são assintomáticos.

Numa fase inicial, a cirrose normalmente não causa sintomas, no entanto, conforme as lesões no fígado vão aumentando podem surgir sintomas como:

  • Fraqueza e cansaço excessivo;
  • Mal-estar geral;
  • Náuseas frequentes;
  • Perda do apetite;
  • Manchas vermelhas na pele, com pequenos vasinhos;
  • Perda de peso.

Clinicamente, aranhas vasculares são observadas na pele, eritema palmar, hipertrofia parotídea, ginecomastia e distribuição de pelos feminoides.
A cirrose descompensada é expressa por suas complicações: sangramento digestivo devido a varizes esofágicas, icterícia (coloração amarela da pele e das mucosas), ascite (fluido abdominal livre), encefalopatia hepática, peritonite bacteriana espontânea (PBE) ou hepatocarcinoma.

Cirrose hepática, causas, sintomas e complicações

 

DIAGNÓSTICO

Os principais exames laboratoriais que o médico solicita são a dosagem das enzimas hepáticas TGO e TGP, que se encontram elevadas quando o fígado apresenta lesões. Além disso, o médico normalmente solicita a dosagem de gama-GT, que também é uma enzima produzida no fígado e que pode ter sua concentração aumentada em caso de problemas hepáticos.

O médico pode ainda solicitar a realização de exames de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância magnética com o objetivo de avaliar o fígado e a região abdominal, sendo possível identificar regiões lesionadas e indicar a necessidade de realização de biópsia, por exemplo. A biópsia de fígado não é feita com o objetivo de diagnóstico, mas sim para determinar gravidade, extensão e causa da cirrose.

 

TRATAMENTO

Não há tratamento específico, exceto para complicações.
A profilaxia do sangramento por varizes esofágicas deve ser realizada por meio de técnicas endoscópicas e medicação com betabloqueadores (propranolol).
A profilaxia da PBE é realizada com quinolonas.
O acompanhamento desses pacientes inclui ultrassonografia periódica do fígado e determinação sanguínea de alfa-fetoproteína para detectar o desenvolvimento de um hepatocarcinoma.
Em casos graves, a indicação de um transplante de fígado deve ser considerada.

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