Por RAQUEL LUIZA,
O espasmo esofágico é um distúrbio das ondas rítmicas das contrações musculares (movimentos peristálticos) do esôfago.
Patologia caracterizada por crises de contrações esofágicas múltiplas, espontâneas ou induzidas pela deglutição, de início simultâneo, repetitivas e de longa duração.
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A causa desse distúrbio é desconhecida.
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Os sintomas incluem dor torácica e dificuldade em engolir.
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O diagnóstico toma por base os resultados de uma radiografia com deglutição de bário e de uma manometria.
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O tratamento inclui medicamentos bloqueadores dos canais de cálcio, injeções de toxina botulínica ou, às vezes, cirurgia.
Nesse distúrbio, as contrações de propulsão normais que permitem a passagem dos alimentos pelo esôfago são substituídas periodicamente por contrações musculares não propulsoras ou excessivas (hiperdinamia) que não movimentam os alimentos através do esôfago.
Pode surgir de forma isolada ou associada a doenças do colágeno, neuropatia diabética ou esofagite de refluxo, entre outras.
O esôfago é um tubo oco que conecta a garganta (faringe) ao estômago.
Funcionamento do esôfago
SINTOMATOLOGIA
Apresenta-se por volta dos 40 anos com disfagia para sólidos e líquidos, intermitente, de intensidade variável e não progressiva.
Também está associada à dor torácica retroesternal, que pode ser confundida com cardiopatia isquêmica.
DIAGNÓSTICO
Exames para descartar a hipótese de angina
No exame radiológico com contraste observa-se imagem típica de esôfago em saca-rolhas.
A manometria apresenta contrações esofágicas simultâneas repetitivas, de alta amplitude, que começam na parte inferior.
TRATAMENTO
Existem drogas capazes de relaxar a fibra muscular lisa, como nitritos ou antagonistas dos canais de cálcio, que são usados para o tratamento sintomático.
Em alguns casos, será necessário dilatar a parte inferior do esôfago com balão ou tratamento cirúrgico.