Por RAQUEL LUIZA,
De forma simplificada, chamamos de litíase biliar, ou cálculo biliar, o depósito de líquido digestivo que cristaliza na região da vesícula biliar.
A vesícula biliar, importante salientar, é um órgão responsável pelo armazenamento da bile, uma substância produzida pelo fígado e que faz a digestão de gorduras na região do intestino.
A bile contém bilirrubina e colesterol, dois produtos que podem adquirir consistência mais sólida quando alcançam a vesícula. Quando isso acontece, formam-se os cálculos biliares.
Alguns fatores predisponentes são: sexo feminino, obesidade, ingestão de estrogênio, ressecção ileal e idade avançada.
Existem dois tipos de litíase biliar:
O tipo mais comum é o que chamamos de cálculo biliar de colesterol. Como o próprio nome sugere, são majoritariamente compostos de colesterol, o que faz com que tenham coloração amarelada.
Os cálculos biliares pigmentados, por sua vez, têm tonalidade mais escura. Eles são formados quando há concentração de bilirrubina na bile.
Em ambos os casos, não sabemos ao certo qual é a causa para a formação dos cálculos. O que sabemos é que, quando o fígado produz colesterol além da conta, este excesso pode vir a cristalizar.
SINTOMATOLOGIA
Muitas vezes é assintomático.
A apresentação clínica típica é a cólica biliar, com dor tipo cólica no quadrante superior direito, acompanhada de náuseas e vômitos biliosos.
DIAGNÓSTICO
Para realizar o diagnóstico, o médico pode solicitar testes de imagem, como o ultrassom, e um procedimento que chamamos de colangiopancreatografia por ressonância magnética, uma técnica onde as vias biliares e pancreáticas são avaliadas de forma bastante detalhada.
O ultrassom é o método mais amplamente utilizado.
TRATAMENTO
A remoção dos cálculos pode ser realizada por cirurgia aberta ou laparoscópica (de escolha), dissolução pelo uso de drogas (ácido ursodeoxicólico) ou destruição por ondas de ultrassom (litotripsia biliar extracorpórea).
