Por RAQUEL LUIZA,
A úlcera péptica é uma úlcera de forma redonda ou oval na qual o revestimento do estômago ou duodeno foi corroído pelo ácido gástrico e sucos digestivos.
A úlcera gástrica, também conhecida como úlcera péptica ou úlcera no estômago, é uma ferida que se forma no tecido que reveste o estômago, causada por diversos fatores, como má alimentação ou infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), por exemplo.
Lesão erosiva da mucosa do estômago ou duodeno, profunda (pode atingir a camada muscular) e com limites bem definidos.
É consequência de uma alteração no equilíbrio entre os fatores agressivos (ácido clorídrico e enzimas digestivas) e os protetores da mucosa.
Na maioria dos casos, está associada à infecção por Helicobacter.
Outros fatores são antiinflamatórios, alterações na secreção de gastrina, fatores genéticos e tabagismo.
A úlcera duodenal é o tipo mais comum, ocorrendo em 10% da população. A maioria está localizada na primeira porção do duodeno.
A doença evolui com cicatrizes espontâneas e recorrências.
Causas da úlcera péptica
As úlceras se desenvolvem quando os mecanismos normais de defesa e recomposição do revestimento do estômago ou duodeno estão enfraquecidos, o que torna o tecido epitelial mais sensível ao ácido gástrico.
De longe, as duas causas mais comuns de úlceras pépticas são
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Infecção por Helicobacter pylori do estômago
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Uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)
A infecção por H. pylori está presente em 50 a 70% das pessoas com úlceras duodenais e em 30 a 50% das pessoas com úlceras estomacais. A infecção por Helicobacter pylori é rara em pessoas com menos de 40 anos de idade que nasceram nos Estados Unidos.
O uso de AINEs causa mais de 50% dos casos de úlceras pépticas. Entretanto, a maioria das pessoas que toma AINEs não desenvolve úlceras pépticas.
Fumantes têm mais propensão a desenvolver úlceras pépticas que os não fumantes, e as úlceras pépticas dos fumantes demoram mais para cicatrizar e provavelmente voltarão a ocorrer. Embora o álcool aumente a produção de ácido gástrico, consumir quantidades moderadas de álcool parece não causar úlceras ou retardar a cicatrização. O estresse psicológico pode causar úlceras. Os médicos perceberam um aumento na incidência de doença ulcerativa no Japão após um terremoto e em Nova York após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Uma causa rara de úlceras pépticas é um tipo de câncer que libera um hormônio chamado gastrina, que causa produção excessiva de ácido (consulte síndrome de Zollinger-Ellison). Os sintomas de úlceras malignas são muito similares aos sintomas de úlceras benignas. Entretanto, as úlceras malignas geralmente não apresentam uma boa resposta às terapias utilizadas para tratar úlceras benignas.
Cerca de 50 a 60% das crianças que apresentam úlceras duodenais têm histórico familiar de úlcera péptica. Dados recentes sugerem que isso ocorre porque a infecção por H. pylori é transmitida entre membros da família. Os médicos duvidam que as pessoas possam herdar um aumento na tendência a ter infecções.
SINTOMATOLOGIA
O sintoma mais comum das úlceras duodenais é a dor epigástrica que aparece 2 ou 3 horas após as refeições e desaparece com a ingestão de alimentos antiácidos.
A dor nas úlceras gástricas pode aumentar ou ser desencadeada pela ingestão.
Náuseas e vômitos são mais frequentes, mesmo sem obstrução.
As complicações mais frequentes são: sangramento digestivo, perfuração, penetração (no pâncreas, cólon, ducto biliar) e obstrução (estenose pilórica). A degeneração neoplásica pode ser observada em úlceras gástricas (não duodenais).
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de certeza é feito por endoscopia digestiva com visualização da úlcera e bipsia.
A infecção por Helicobacter pylori é diagnosticada pelo estudo e cultura de uma biópsia gástrica ou por métodos indiretos, como o teste rápido da urease, o teste respiratório da ureia ou a detecção de anticorpos específicos.
Recomenda-se verificar a cicatrização endoscópica de úlceras.
TRATAMENTO
São utilizados medicamentos que inibem a secreção de ácido clorídrico e protegem a mucosa (omeprazol).
A erradicação da infecção por Helicobacter pylori por meio da combinação de antibióticos e inibidores da secreção de ácido visa melhorar a cicatrização e prevenir recorrências.
O tratamento cirúrgico é indicado em casos refratários ou resistentes a medicamentos ou quando há suspeita de carcinoma.
Em caso de perfuração, a intervenção cirúrgica deve ser urgente.
