Por RAQUEL LUIZA,
Acúmulo anormal de líquido no espaço pleural.
- Transudato, quando é produzido pelo aumento da pressão dos capilares da pleura, pela diminuição da pressão oncótica plasmática.
- Exsudato, quando é produzido pelo aumento da permeabilidade dos capilares ou pela diminuição da depuração linfática, com envolvimento direto da pele.
PRESSÕES QUE TERMINAM FLUXO DE AR - VENTILAÇÃO PULMONAR
O pulmão é uma estrutura elástica, com capacidade de expansão e retração graças ao fato de flutuar literalmente dentro da caixa torácica. No entanto, a camada parietal da pleura (aderida à parede interna da caixa torácica) provoca tração na camada visceral que reveste os pulmões (e da qual é separada pelo líquido pleural), fato que contribui para a manutenção da pressão negativa dentro da referida cavidade pulmonar em todos os momentos.
Durante o repouso, o ppl é de -5cm H²o (aproximadamente 756mm/Hg), permitindo certo grau de insuflação pulmonar até o início do novo ciclo respiratório.
A diferença entre a ppl ( pressão pleural) e a palv ( pressão alveolar), conhecida como pressão de recuo ptp, é uma medida das forças elásticas nos pulmões que se opõem à sua expansão.
Durante a inspiração normal, a expansão da caixa torácica traciona a camada parietal da membrana pleural, contribuindo para tornar a ppl ainda mais negativa (-7,5 cm H²O). Isso faz com que a palv desça a -1 cm de H²O, o que gera o gradiente necessário, em relação à patm, para a entrada de ar no interior dos pulmões.
Durante a expiração, por outro lado, a elevação da cúpula diafragmática e a diminuição do diâmetro da caixa torácica determinam que as forças de retração elástica dos pulmões aumentam a palv para +1 cm H2O (762 mm/Hg), na qual ppl retorna ao seu valor de repouso e o gradiente de pressão inverso é gerado.
PRINCIPAIS CAUSAS DO DERRAME PLEURAL
As causas mais frequentes de trauma são: insuficiência cardíaca, cirrose hepática, síndrome nefrótica e, raramente, mixedema.
Os exsudatos geralmente aparecem no contexto de infecções pleuropulmonares, câncer, tromboembolismo pulmonar, pós-operatório, pancreatite ou doenças do colágeno, entre as causas mais frequentes.
O empiema é chamado de líquido pleural com aspecto purulento devido ao alto teor de leucócitos. Também é chamado de empiema. o líquido pleural de aparência purulenta, no qual é identificada a presença de um germe.
SINTOMAS
A dor do tipo pleurítico é comum, referida como dor torácica aguda que é exacerbada pela inspiração (dor no flanco) e tosse.
Se o derrame for importante, você pode ter dispneia.
As efusões de etiologia infecciosa causam febre.
DIAGNÓSTICO
A radiografia de tórax e a ultrassonografia determinam a localização, magnitude e mobilidade do derrame.
A análise bioquímica, microbiológica, citológica e patológica de uma amostra de fluido obtida por punção (toracocentese) permitirá estudar uma causa infecciosa específica e avaliar a presença de células neoplásicas.
Em certos casos, será necessária uma biópsia pleural.
TRATAMENTO
Você deve tratar a causa primária.
Epiemas requerem drenagem pleural através de um tubo de drenagem (toracocentese). Se a septação do espaço pleural falhar, a instalação intrapleural de fibrinolíticos pode ser realizada através do tubo de drenagem para facilitar a saída do pus. Outro procedimento é a decorticação, que envolve uma toracotomia com avaliação completa do pus existente, bem como da concha pleural.
A pleurodese é utilizada no tratamento sintomático do derrame pleural de origem neoplásica, e consiste na aplicação de um material irritante entre as duas camadas da pleura (parietal e visceral) com o objetivo de produzir uma reação inflamatória que resulte na união de ambas camadas.