Por RAQUEL LUIZA,
Processo infeccioso do tecido pulmonar.
Os germes invadem o pulmão por aspiração de microrganismos que colonizam a orofaringe, ou por sangue através de um foco não pulmonar, ou por contiguidade.
A infecção supõe a falha dos mecanismos de defesa (movimento ciliar, secreção de muco, resposta imune) ou um número muito elevado de microrganismos.
Em adultos, os germes que mais frequentemente causam pneumonia são Streptococcus pneumoniae, Straphylococcus aureus, Legionella e Haemophylus influenzae. Vírus, como influenza e catapora, também podem ser agentes causadores. Mycoplasma pneumoniae é uma causa particularmente comum de pneumonia em crianças mais velhas e adultos jovens.
O consumo de álcool, tabagismo, diabetes, insuficiência cardíaca e DPOC são fatores predisponentes. Crianças e idosos têm maior risco de desenvolvê-la, assim como indivíduos com alterações do sistema imunológico.
São classificados como extra-hospitalares, se se desenvolverem na população geral ou até 72 horas após a admissão hospitalar, ou intra-hospitalares, se ocorrerem em pacientes internados por outra patologia.
SINTOMAS
A apresentação típica da pneumonia adquirida na comunidade consiste em um episódio agudo de febre, calafrios, tosse produtiva e dor tipo pleurítica, com contagem elevada de leucócitos no sangue periférico.
A chamada forma atípica apresenta-se de forma subaguda, com febre, cefaleia, mialgia (dor muscular) e tosse seca.
A clínica da pneumonia intra-hospitalar é sobreposta pela doença de base, por isso deve ser suspeitada em pacientes com febre e aparecimento de novos infiltrados radiológicos.
DIAGNÓSTICO
Baseia-se na história clínica e no exame radiológico.
O diagnóstico do microrganismo causador é baseado em procedimentos como exame de escarro, cultura de amostras de sangue (hemocultura) e fibrobroncoscopia. Procedimentos invasivos não são usados regularmente e, em uma alta porcentagem de pneumonias na comunidade, o germe envolvido não é conhecido.
TRATAMENTO
Baseia-se na administração de antibióticos.
A escolha do antibiótico adequado depende do tipo de pneumonia (intra ou adquirida na comunidade), da forma de apresentação (típica ou atípica), da presença de fatores de risco para germes incomuns (idosos, DPOC, formas graves de apresentação) e da possibilidade de isolamento do microrganismo.
O tratamento da pneumonia adquirida na comunidade que não requer internação pode ser feito com macrolídeos ou quinolonas.
