PNEUMONITE DE HIPERSENSIBILIDADE: O QUE É, SINTOMAS E TRATAMENTO

Por RAQUEL LUIZA,

CONGRESSO - BOEHRINGER INGELHEIM

Pneumonite por hipersensibilidade é uma síndrome constituída de tosse, dispneia e fadiga, causada pela sensibilização e subsequente hipersensibilidade a antígenos ambientais (em geral ocupacionais).  É um tipo de inflamação dentro e ao redor dos pequenos sacos de ar (alvéolos) e das menores vias aéreas (bronquíolos) dos pulmõesO diagnóstico baseia-se na combinação de história, exame físico, métodos de imagem, lavado broncoalveolar e biópsia. O tratamento em curto prazo é com corticoides; o tratamento em longo é evitar os antígenos e, em caso de fibrose, costuma ser a supressão imunitária.

Acometem a porção distal das vias aéreas, associadas à exposição repetida a diferentes antígenos ou substâncias orgânicas ou inorgânicas.
É comumente visto como uma doença ocupacional em agricultores, colheitadeiras, marceneiros ou criadores de pombos.
A exposição ao antígeno (fungos, bactérias, produtos animais ou vegetais) produz uma resposta inflamatória exagerada, que em sua forma crônica evolui para fibrose pulmonar.
Pode apresentar-se de forma aguda, subaguda ou crônica, caracterizadas por inflamação intersticial e desenvolvimento de granulomas e fibrose, com a exposição a longo prazo.

 

SINTOMAS

Pneumonite aguda por hipersensibilidade

 

A doença aguda ocorre em indivíduos anteriormente sensibilizados, com exposição aguda e de alto nível ao antígeno, manifestando-se por febre, calafrios, tosse, aperto no tórax bilateralmente (como pode ocorrer na asma) e dispneia 4 a 8 horas depois da exposição. Também pode haver anorexia, náuseas e vômito. O exame físico revela taquipneia, estertores inspiratórios difusos de finos a médios e, em quase todos os casos, ausência de sibilos.

Pneumonite crônica por hipersensibilidade

 

A doença crônica ocorre em indivíduos com exposição crônica em longo prazo e de baixo nível ao antígeno (como nos criadores de pássaros), manifestando-se pelo desenvolvimento de dispneia de esforço ao longo de meses a anos, tosse produtiva, fadiga e perda ponderal. Há poucos achados físicos; não é comum ocorrer baqueteamento digital e não há febre. Nos casos avançados, a fibrose pulmonar provoca sinais e sintomas de insuficiência cardíaca direita e/ou respiratória.

Pneumonite subaguda por hipersensibilidade

 

A doença subaguda situa-se entre as formas aguda e crônica e manifesta-se por qualquer um dos sintomas, como tosse, dispneia, fadiga e anorexia, os quais se desenvolvem no decorrer de dias a semanas, ou por sintomas agudos sobrepostos aos crônicos.

 

DIAGNÓSTICO

Baseia-se em alto grau de suspeição, exame físico e radiografia de tórax em paciente com história de exposição a alguma das substâncias conhecidas.

O diagnóstico da pneumonite da hipersensibilidade é dependente da associação de diversos achados como exposição identificada por história. A tomografia computadorizada de alta resolução é de grande utilidade para o diagnóstico.

 

 

TRATAMENTO

A identificação e eliminação do agente causal é fundamental.
Casos leves geralmente são curados com essa medida.
Casos graves requerem tratamento com corticosteróides.

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