Diagnóstico precoce diminui chances de a pessoa perder a visão devido à enfermidade, que não tem cura. Hospital de Base e os regionais de Taguatinga e Asa Norte oferecem atendimentos em oftalmologia
Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo
Para os pacientes que já sofrem com a doença, a rede pública de saúde do Distrito Federal disponibiliza medicamentos no Núcleo de Farmácia do Componente Especializado, com unidades no Gama, em Ceilândia e na Asa Sul
No Brasil, mais de um milhão de pessoas sofrem da doença, que é silenciosa em seu estágio inicial. Já em fase final, o paciente pode apresentar dor e vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz e perda da visão periférica. O glaucoma não tem cura, mas o diagnóstico precoce diminui as chances de a pessoa perder a visão. Portanto, é importante manter consultas periódicas com um médico oftalmologista.
O tratamento geralmente é feito com medicamentos, procedimentos com laser e cirurgias, de acordo com a indicação do profissional de saúde. Os hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e da Asa Norte (Hran), além do Hospital de Base, oferecem atendimentos em oftalmologia.
Por sua vez, a rede pública de saúde do Distrito Federal disponibiliza medicamentos no Núcleo de Farmácia do Componente Especializado, com unidades no Gama, em Ceilândia e na Asa Sul. Os fármacos normalizam a pressão intraocular e impedem o avanço da doença. Para obtê-los, o paciente deve preencher formulários e entregar exames. “Depois de apresentar os documentos, a farmácia fornece os medicamentos”, afirma a especialista Núbia Vanessa Lima, referência técnica distrital em oftalmologia.
Conforme explica a especialista, a enfermidade geralmente acomete pessoas acima dos 40 anos. Entretanto, crianças, jovens e adultos também podem ser atingidos. Inclusive, alguns grupos são mais suscetíveis à doença. É o caso da população negra, bem como de pacientes com diabetes, hipertensão, alto grau de miopia ou histórico de glaucoma na família.
O exame recomendado para recém-nascidos é o teste do reflexo vermelho (ou teste do olhinho), que é quando o pediatra usa um oftalmoscópio para observar a retina do paciente. No caso de jovens e adultos, quem constata o glaucoma é o oftalmologista, com a aferição da pressão intraocular e de exames detalhados.
Núbia alerta, ainda, que “o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo”, mas que o paciente só chegará a esse estágio caso não faça o acompanhamento adequado, com uso de medicações apropriadas e consultas periódicas.
Campanha
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) realiza, desde 20 de maio, a campanha 24 horas pelo Glaucoma. O foco é estimular a população a buscar o diagnóstico precoce da doença. A campanha vai até a próxima terça-feira (31).
Durante o período, prédios e monumentos serão iluminados por luzes verdes, cor que representa o trabalho de combate à doença. O Congresso Nacional, por exemplo, refletiu o verde dos dias 21 a 24 e volta a divulgar a cor no período de 26 a 31 de maio.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF