Por RAQUEL LUIZA,
Proliferação benigna do endométrio na cavidade uterina originada das células basais do endométrio, que contém glândulas, estromas (quadro conjuntivo) e vasos sanguíneos.
Sua transformação maligna é rara, embora possa coexistir com câncer de endométrio.
Aparece entre 30 e 60 anos.
Sangramento uterino anormal, aumento do fluxo menstrual e dificuldade para engravidar são alguns dos sintomas mais comuns em mulheres com pólipos endometriais. Essa condição atinge a cavidade uterina, órgão muscular responsável por abrigar o embrião até o seu nascimento.
O útero é dividido em 3 camadas: perimétrio (camada externa), miométrio (camada média) e endométrio (camada interna). Este último é uma mucosa vascularizada formada por células epiteliais e estromais.
Como o nome sugere, os pólipos endometriais são projeções de tamanhos variados localizados no endométrio. De acordo com o seu tamanho e localização, ele pode causar infertilidade.
Pólipos endometriais, também conhecidos como pólipos uterinos, são tumores benignos desenvolvidos na cavidade uterina. Eles ocorrem quando as glândulas do endométrio e do estroma crescem de maneira anormal, formando um pólipo — uma projeção semelhante a um pequeno nódulo — no útero.
Não existe um consenso sobre a sua etiologia, mas acredita-se que eles estão associados a desequilíbrios hormonais e uma tendência familiar.
Apesar de serem exceções, há casos onde o pólipo endometrial pode malignizar. Por isso, fazer os exames ginecológicos na rotina indicada pelo ginecologista é muito importante para detectar e iniciar o tratamento da doença o quanto antes.
Estima-se que entre 7,8% a 34% da população feminina geral sejam afetadas pela doença. No entanto, a sua real prevalência não é conhecida porque, em muitos casos, os pólipos endometriais não apresentam sintomas (cerca de 12% das mulheres).
SINTOMAS
Os sintomas mais observados em pacientes com pólipos endometriais são:
- sangramento irregular;
- aumento do fluxo menstrual;
- secreção vaginal fétida e ou com aspecto purulento;
- dores (raramente);
- infertilidade.
O mais frequente é a metrorragia (sangramento uterino independente da menstruação).
No entanto, na maior parte dos casos, os pólipos endometriais são assintomáticos, sendo detectados em exames de rotina.
DIAGNÓSTICO
A história clínica, a ultrassonografia transvaginal e a histeroscopia avaliam o sistema reprodutor feminino como um todo e levantam as suspeitas da presença de pólipos endometriais.
A certeza diagnóstica é obtida com a análise patológica de uma biópsia por histeroscopia (exploração do útero com fibra óptica).
A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem que possibilita a análise do útero, das tubas uterinas, dos ovários e da região pélvica. Se o exame for incerto, uma histeroscopia é utilizada para confirmar o diagnóstico. Durante a histeroscopia diagnóstica uma câmera é utilizada para investigar a cavidade uterina.
TRATAMENTO
A partir do diagnóstico, o médico definirá qual é o melhor tratamento para a realidade da paciente. Para tomar a decisão, avalia-se a presença de sangramento e a infertilidade.
A histeroscopia cirúrgica é o procedimento mais utilizado para o tratamento dos pólipos endometriais.
Para algumas mulheres, o tratamento não é necessário e a paciente deve avaliar o tamanho do pólipo endometrial a cada 6 meses. Apesar de não existirem estudos conclusivos, pólipos de tamanho inferior a 10 mm podem regredir espontaneamente.
Por outro lado, caso a malignidade do pólipo endometrial seja confirmada, uma alternativa de tratamento é a histerectomia. Esse procedimento cirúrgico consiste na retirada total ou parcial do útero. Na histerectomia laparoscópica são feitos pequenos cortes no abdômen da paciente, por onde são inseridos os instrumentos e uma câmera para a visualização do médico. O pós-operatório é menor e menos doloroso, em comparação com uma histerectomia abdominal.
Por ser um tratamento radical e que eliminará as possibilidades da mulher engravidar, a histerectomia é recomendada para mulheres na menopausa ou pré-menopausa.