Estimulação e reabilitação visual: Conhecer para prevenir!

Por Raquel Luiza,


Estimulação visual

Baixa Visão

A baixa visão ocorre quando há uma grande perda da visão ( abaixo de 20% nos dois olhos), mas com alguma funcionalidade preservada ( ao  contrário da cegueira). Segundo Relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia ( CBO), cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil sofrem este mal. Quando bem orientado por uma equipe multidisciplinar, o paciente com baixa visão pode ter sua vida facilitada e conseguir enxergar e ser capaz de ler tipos impressos ampliados com auxília ópticos , que são aparelhos especiais que ampliam consideravelmente a visão.

Quando a visão do paciente não melhora com o uso de óculos, lentes de contato ou cirurgias, este paciente é considerado portador de baixa visão. As principais causas são degeneração macular relacionada à idade, glaucoma, retinopatia diabética e algumas doenças genéticas.

Muito importante está atento, muitas vezes , por falta de conhecimento ou orientação, os pacientes com baixa visão se sentem desestimulados e sem perspectiva de melhora na qualidade de vida, pois deixam de aproveitar a visão que ainda possuem, por meios de adaptação de recursos ópticos e não ópticos. O paciente com visão pior que 20/60, com a melhor correção, já se beneficia com a adaptação dos recursos para baixa visão.

A avaliação do paciente é um processo contínuo, em que se leva em conta as modificações refracionais, a progressão da doença de base e a adaptação de novos recursos ópticos e não ópticos, de acordo com os interesses e necessidades apresentadas pelo indivíduo. A reavaliação com uma equipe especializada em habilitação e reabilitação visual deve ser, portanto, periódica, com o objetivo da inclusão social do portador de deficiência visual.

Atualmente, existem diversos recursos que visam melhorar o desempenho visual do paciente com baixa visão e,  melhorando a qualidade de vida desse paciente. Os recursos utilizados, depende da deficiência apresentada, esses recursos ampliam a imagem retiniana, que deslocam a imagem retiniana para a área do campo visual preservada, que condesam a imagem retiniana ou que filtram determinados feixes de luz, a fim de aumentar o contraste e conforto, melhorando a visão;

 

Reabilitação e estimulação Visual

S.O.S. ESTIMULAÇÃO E REABILITAÇÃO VISUAL: Abril 2012 | Atividades do bebê, Estimulação sensorial, Reabilitação

O serviço de reabilitação visual é aquele que realiza o diagnóstico terapêutico especializado e o acompanhamento por uma equipe especializada, apta a realizar a estimulação, habilitação e reabilitação visual de pessoas com deficiência visual.

Ao nascer, os bebês não apresentam a função visual totalmente desenvolvida. A maturação do sistema visual inicia após o nascimento e só se completa por volta dos sete anos de idade.

Ao olhar um objeto a criança , espontaneamente estimula sua visão. O envio de estímulos a retina, vías ópticas e córtex cerebral,  fazem com que essas estruturas desenvolvam seus contatos celulares e sinapses sejam realizadas pelas células neurais, favorecendo a função visual. A visão ajuda no desenvolvimento motor , é um instrumento que acentua as habilidades mentais, um construtor de conceitos espaciais e um meio de desenvolver as relações emocionais.

Já as crianças com alterações visuais  terá escassas oportunidades de recolher informações naturalmente por meio da visão. As informações são inferiores tanto na qualidae como em quantidade e é necessário que seja ensinado por diversas formas, contornos e figuras, ou seja, precisa de um sequência de experiências visuais. Os programas de intervenção precoce com trabalho de estimulação visual auxilia, a criança com a atribuirem sentido no que veêm. Neste contesto, é fundamental a atuação de uma equipe especializada ( oftalmologista, enfermeiro, psicólogo) no intuito de contribuir para a utilização do resíduo visual, de forma conjunta, nas diferentes atividades da vida diária.

 

Todas as crianças devem ser encorajadas a usar sua visão e não poupa-la. A visão residual deve ser explorada, de modo a atingir a sua máxima potencialidade. Se a luz consegue entrar no olho e estimulas algumas células da retina, a mensagem visual pode ser enviada ao cérebro. A aprendizagem visual acontece quando o cérebro  realiza a sua tarefa e a mensagem é compreendida. Este processo deve ser aprendido, por não ser automático. A aprendizagem  faz com que a criança veja mais distintamente as manchas e as formas difusas e aprenda a conhecê-las e a dar-lhes nomes. É um processo gradual, consistindo em etapas: usar a visão, ver e compreender o que é capaz de ver.

Desta forma, torna-se importante que o profissional especializado em reabilitação visual, identifique as dificuldades e potencialidades da criança, com deficiência visual e crie um perfil visual salientando suas áreas fortes e fracas. Deve incentivar a criança a conviver com as dificuldades manifestadas e adotar estatégias que minimizem as deficiência da sua visão. Dentro de contexto, é possível elaborar um programa habilitativo adaptado, no intuito de melhor suas respostas visuais e promover o desenvolvimento global da criança.

 

Exame do Teller

É possível medir o desenvolvimento visual do bebê a partir dos 3 meses de vida. A visão é um conjunto de diversas funções. No bebê, a função mais utilizada para a avaliação é a acuidade visual ( visão de detalhes).

Existem alguns métodos aplicavéis a crianças pequenas e bebê e a escolha do método dependerá da idade, condição clínica, neurológica e motora da criança.

O teste dos cartões de acuidade de Teller é um método comportamental que avalia o desenvolvimento da acuidade visual pelo olhar preferencial do bebê. É um exame indolor e pode ser feito a partir de 3 meses de vida.

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Teste de Teller

Cartões de Teller (usado para teste de acuidade visual pediátrica)

 

ESTIMULAÇÃO VISUAL EM PEDIATRIA – Teórico-prático – FisioCTI

Estimulação visual

 

Você sabia? Que as pessoas com deficiência visual encontram vários empecilhos para sua colocação no mercado de trabalho, mas segundo a legislação Brasileira, existe a proibição de discriminação para admissão e remuneração da pessoa com deficiência. Além disso, garante porcentagens de vagas a serem preenchidas por pacientes com alguma deficiência visual

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