Herpes: conheça os sintomas, tratamentos e métodos de prevenção da doença

Por Raquel Luiza,

Herpes simples é uma infecção causada pelo vírus herpes humano (HSV 1 e 2) que se caracteriza pelo aparecimento de pequenas bolhas agrupadas especialmente nos lábios e nos genitais, mas que podem surgir em qualquer outra parte do corpo.

Existem dois tipos de herpes simples:

• Tipo I, localização preferencialmente extragenital.
• Tipo II, responsável pelo herpes genital.

Afeta principalmente a pele e as membranas mucosas.

Estima-se que cerca de 90% da população mundial tenha o vírus do herpes alojado no organismo. Mas apenas de 10 a 15% manifesta os sintomas.

O contágio ocorre por contato direto, é feitO por gotículas de saliva, beijo, objetos contaminados levados à boca e por aí vai. Por isso, é bem comum que o primeiro contato com o HSV aconteça ainda na infância.

Quais são os sintomas?

A irrupção das lesões cutâneas – pequenas bolhas cheias de líquido claro ou amarelado que formam crostas quando se rompem – é precedida por alguns sintomas locais como coceira, ardor, agulhadas, formigamento e que desaparecem em uma semana aproximadamente.

No caso especifico do herpes genital, podem ocorrer febre e ardor ao urinar. Algumas pessoas se referem também à sensação de choque, sintoma explicado pela afinidade desse vírus com as terminações nervosas.

A primeira infecção costuma ser mais grave e o restabelecimento completo, mais demorado. Nas recidivas, os sintomas são os mesmos, mas menos intensos.

Quando a infecção é extragenital, a forma clínica mais comum é a orofacial recorrente.

Geralmente, a infecção inicial é assintomática, embora em uma pequena porcentagem possa se apresentar como gengiva estomatite herpética, com múltiplas aftas na mucosa oral, linfadenopatia cervical (inflamação dos gânglios cervicais) e comprometimento do estado geral.

Fatores como trauma, luz solar, resfriado, estresse, febre ou menstruação podem causar a reativação do vírus latente. Em geral, a recorrência ocorre como herpes labial (vesículas herpetiformes periorais).

Outras formas de apresentação são panarício herpético (nos dedos da mão), ceratoconjuntivite herpética, eczema herpético e herpes neonatal (devido a infecção intraparto).

O herpes genital ou tipo II é a causa mais comum de úlceras genitais.

A infecção inicial é geralmente assintomática e, após 3 a 14 dias após o contato sexual, aparecem úlceras agrupadas no sulco balanopreputial ou no prepúcio, associadas a adenopatias inguinais.

As recorrências são geralmente mais leves do que a infecção (inicial).

Como é realizado o diagnóstico?

Formas leves e tipicamente lesivas são diagnosticadas por exame físico.
Em caso de dúvida, o exame microscópico da raspagem da vesícula (citodiagnóstico de Tzanck) pode ser realizado.
A cultura viral confirma o diagnóstico. As formas leves não requerem tratamento.

TRATAMENTO

Vacinas estão sendo testadas para tratamento e prevenção da doença, mas nenhuma comprovou ser totalmente eficaz. No entanto, existem medicamentos antivirais orais ou intravenosos específicos (aciclovir, famciclovir, valaciclovir), que ajudam a diminuir o período de evolução da crise herpética e os sintomas.

ceratoconjuntivite herpética

Herpes Neonatal