DF recebeu 14.400 doses de Pfizer Baby. Crianças de 6 meses a 2 anos com comorbidades são o foco
Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo
Haverá atendimento em 25 unidades básicas de saúde (UBSs). Confira a lista.
“Temos infraestrutura logística forte para rapidamente distribuir os imunizantes para salas de vacinação”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
A Secretaria de Saúde seguirá as orientações do Ofício Circular 242/2022, do Ministério da Saúde, a respeito da aplicação da Pfizer Baby. O esquema vacinal é composto por três doses, com intervalo de quatro semanas entre a D1 e a D2 e de oito semanas entre a D2 e a D3. Nesta sexta-feira (11), foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde 14.400 doses, a serem aplicadas nessas três fases da imunização.
Para serem vacinadas, as crianças devem estar acompanhadas de pais ou responsáveis. É necessário levar cartão de vacinação, documento de identificação (identidade, certidão de nascimento ou outro) e laudo ou relatório médico que comprove a comorbidade da criança. Em cada local de vacinação haverá um responsável técnico para tirar dúvidas.
“Xêpa” para crianças sem comorbidades
Crianças dessa faixa etária – de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias – sem comorbidades também poderão ser vacinadas, porém somente com doses remanescentes, no horário popularmente conhecido como “xêpa”, exclusivamente faltando uma hora para o encerramento do horário de atendimento.
“O objetivo é evitar perdas técnicas: cada frasco contém dez doses e se nessa última hora de aplicação de vacina houver sobra de doses em um frasco, elas poderão ser aplicadas nas crianças sem comorbidades para evitar o desperdício”, explica o assessor da Coordenação de Atenção Primária à Saúde (Coaps), Adriano de Oliveira.
A prioridade é para as crianças com comorbidades e não será aberto nenhum frasco caso não haja crianças com estas condições na sala de vacina durante a última hora de atendimento.
Confira a lista de comorbidades previstas pelo Ministério da Saúde:
– Síndrome de Down
– Diabetes mellitus
– Imunocomprometidos (Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas)
– Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica
– Obesidade mórbida (Índice de massa corpórea IMC ≥ 40)
– Cirrose hepática (Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C)
– Pneumopatias crônicas graves (incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave – uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática ou uso de doses altas de corticóide inalatório e de um segundo medicamento de controle no ano anterior)
– Hipertensão Arterial Resistente (HAR – Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos)
– Hipertensão arterial estágio 3 (PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo)
– Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo (PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo)
– Insuficiência cardíaca (IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association)
– Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar (Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária)
– Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica,
lesões em outros órgãos-alvo)
– Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras)
– Valvopatias (Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico – estenose ou insuficiência aórtica;
estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras)
– Miocardiopatias e Pericardiopatias (Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática)
– Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas (Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos)
– Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras)
– Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico
– Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência)
– Hemoglobinopatias graves (Doença falciforme e talassemia maior)
*Com informações da Secretaria de Saúde