Por Raquel Luiza,

CERATOSE ACTÍNICA

Ceratose actínica, queratose solar ou mesmo queratose actínica é uma lesão que acomete a pele, podendo ser considerada pré-cancerígena e que precisa ser submetida a procedimento para remoção pelo dermatologista. É uma lesão típica em indivíduos de pele mais clara, loiros, ruivos, etc.

Mais comuns em idosos, porém podem afetar adultos jovens.

A ceratose actínica pode afetar diferentes regiões da pele, sendo mais comum nas áreas de exposição solar, como mãos, face e couro cabeludo, por exemplo.

 

Quais são as causas de ceratose actínica?

De modo geral, a ceratose actínica é causada pela exposição solar por longos períodos de tempo sem proteção. Por isso, a ceratose actínica é mais comum em indivíduos que trabalham ao ar livre, por exemplo.

Está relacionada à exposição solar crônica, mais especificamente à radiação ultravioleta, com comprimentos de onda entre 200nm e 400nm, principalmente UVB (entre 290nm e 320nm).
Apenas uma pequena parte desses UVB está presente na superfície terrestre, pois é filtrada quase inteiramente pela camada de ozônio presente nas porções mais altas da atmosfera, embora esta camada tenha diminuído sua espessura nos últimos anos devido à contaminação ambiental com clorofluorcarbonos .
É observada com maior frequência em pessoas idosas, de pele clara, que estão constantemente expostas ao sol (agricultores, pescadores, jardineiros), em áreas expostas como rosto, costas, mãos e pescoço.

 

SINTOMATOLOGIA

As lesões consistem em máculas eritematosas com escamas ou crostas em sua superfície, que evoluem ao longo de meses ou anos.

A principal característica da ceratose actínica são as lesões que variam de manchas de superfície rugosa e que se tornam mais ásperas em relação ao restante da pele. Geralmente, são pequenas e múltiplas.

Essas lesões costumam não sofrer alterações, mas caso passem a sangrar ou descamar, é recomendado procurar o dermatologista.

Além de mãos, rosto, ombros, couro cabeludo e colo, outras partes do corpo do paciente podem ser afetadas, dependendo da quantidade de exposição ao sol que recebem.

Ceratose actínica é câncer?

Não, a ceratose actínica não é sinônimo de câncer. No entanto, caso não recebam os devidos cuidados e o adequado acompanhamento médico, pacientes com ceratose actínica podem ver suas lesões evoluírem para um quadro característico de câncer de pele, por isso, é preciso observar bem caso a pessoa tenha este diagnóstico.

 

DIAGNÓSTICO

A ceratose actínica pode ser tratada como uma série de medicamentos tópicos que vão aliviar a aparência das lesões e evitar que elas evoluam para um câncer de pele, por exemplo.

Para os casos mais sérios, de lesões mais profundas, existem procedimentos feitos em um consultório médico dermatológico, como o peeling químico, por exemplo, que podem ajudar. Laser, fototerapia, cirurgia, ácido tricloroacético e aplicação de nitrogênio também são recursos para o tratamento da ceratose actínica.

É estabelecido por biópsia e estudo patológico.

 

Fatores de risco

Os fatores de risco para a ceratose actínica incluem:

• Exposição solar excessiva
• Envelhecimento
• Contato com carvão, piche, alcatrão de hulha, inseticida, coalhar e hidrocarbonetos.

TRATAMENTO

Nas lesões superficiais da ceratose actínica pode ser feita crioterapia com ou sem curetagem prévia. O tratamento é feito com nitrogênio líquido a -196°C. É uma técnica que resfria uma parte do corpo utilizando-se cremes ou aparelhos específicos, em geral utiliza-se nitrogênio líquido aplicado por meio de pistola spray. O dermatologista vai indicar quantas sessões serão necessárias, em geral inferior a 20 minutos cada aplicação.

Nas lesões infiltradas da ceratose actínica normalmente é feita curetagem e eletrodessecção. Já nas lesões múltiplas da ceratose actínica pode ser usado o 5-fluoracil, um creme de uso tópico, com aplicação diária. A dosagem e o período de tratamento são estabelecidos pelo dermatologista caso a caso. Outra técnica é a terapia fotodinâmica, que utiliza LED laser de baixa potência para ampliar o efeito do ativo colocado na lesão.