Capacitação para profissionais de saúde do DF reúne prática e teoria com orientações para auxiliar gestantes e puérperas
Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
Nas aulas, que englobam teoria e prática, os inscritos aprendem sobre o manejo do aleitamento e habilidades de comunicação com base em premissas da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde.
“Nem todos os profissionais, por mais que cuidem de gestantes e puérperas, são treinados para avaliar a mamada, para orientar nas dificuldades da amamentação”, explica a coordenadora do Centro de Referência em Banco de Leite Humano e tutora no curso, Graça Rodrigues. “É preciso experiência para dar as orientações adequadas.”
Níveis de atenção
Com 16 participantes, o curso da Região Sudoeste de Saúde é ministrado no auditório do Hospital Anchieta, em Taguatinga, pois há parceria com a rede privada. Tanto tutores quanto alunos da formação também são de unidades particulares. Essa troca faz parte do compromisso da SEE com a comunidade, abrangendo os que são atendidos na rede suplementar de saúde.
Antes da pandemia, em geral, eram ofertados dois cursos por ano em cada região de saúde do DF. A coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno e do Banco de Leite Humano, Miriam Santos, explica que o objetivo é fazer a retomada em todas as regiões, com ao menos um curso em cada. “Retornamos para qualificar todos os níveis de atenção, para melhor atender a mulher e a criança nesta fase tão importante da vida”, afirma.
Busca de orientação
Uma das alunas do curso, a enfermeira obstetra Analise Ferraz Loiola é mãe de três filhos, todos tendo sido amamentados até os seis meses. Há mais de dez anos dedicada à orientação de puérperas no momento da amamentação, ela ressalta: “É superimportante para os profissionais da saúde que lidam diretamente com a assistência mãe-bebê conhecer e aplicar as ferramentas específicas para fomentar o sucesso da amamentação”.
Segundo Analise, a maior dificuldade dessas mães é encontrar apoio e orientação que propicie um acompanhamento durante todo o período da amamentação. “Em geral, as mães amamentam durante seis meses de forma exclusiva, podendo estender [o aleitamento] até os dois anos [da criança]; ajudá-las a superar as dificuldades apresentadas pelo processo de amamentação é o nosso principal objetivo”, garante.
*Com informações da Secretaria de Saúde