Ação dá continuidade ao trabalho iniciado pela pasta em 2022 e visa realizar procedimentos de média complexidade remanescentes
Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger
Centenas de outros pacientes serão beneficiados como Antônio. Os contratos da nova fase da força-tarefa preveem a realização de 849 procedimentos. Outros pacientes, já acompanhados pela rede pública em todas as regiões de saúde, também serão encaminhados a hospitais particulares, de acordo com as prioridades do Complexo Regulador do DF.
Há quase um ano, Antônio vivia com dores e incômodos causados por cálculos biliares e sofria com os impactos dos sintomas, com limitações para trabalhar e nas atividades do dia a dia. “Eu sentia uma dor tão grande, que, na primeira crise que tive, pensei que não sairia vivo do hospital”, relembra.
Na quarta-feira (31), Antônio recebeu alta do Hospital São Mateus, localizado no Cruzeiro, onde foi realizada a cirurgia, e afirma: mesmo com os cuidados pós-cirúrgicos, o alívio já é notável. “É um novo começo! Agora posso seguir com a perspectiva de buscar novas ocupações e de ter mais conforto. Ganhei qualidade de vida”, comemora. Na mesma semana foram marcadas outras quatro cirurgias no São Mateus, segundo a gerência administrativa do hospital.
De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, entre janeiro e março deste ano, já foram realizadas mais de 3,4 mil cirurgias eletivas, tanto na rede pública quanto pelos hospitais contratados, quase 25% a mais do que no mesmo período de 2022
Além da operação para a retirada de vesícula, a força-tarefa vai realizar cirurgias de hernioplastia umbilical, hernioplastia inguinal e ginecologia para histerectomias (remoção cirúrgica do útero). Além das consultas pré e pós-operatórias, consulta pré-anestésica, equipamentos, insumos e curativos pós-operatórios; biópsias (para as colecistectomias e histerectomias) e internação pós-operatória por 48 horas.
O trabalho conjunto de servidores da SES e dos funcionários das instituições privadas garante a integração e a agilidade dos serviços. A pasta libera os procedimentos conforme as prioridades médicas e disponibiliza as informações da saúde de cada paciente por meio do sistema TrackCare.
Inicialmente, os pacientes passam pelos hospitais regionais, ligados à rede pública, onde realizam os exames preparatórios. Em pouco tempo, são encaminhados às unidades particulares contratadas, com data de internação e cirurgia já marcadas.
O esforço da SES dá continuidade ao trabalho iniciado em outubro de 2022, em uma primeira fase que realizou 2.384 cirurgias.
Trabalho contínuo
De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, entre janeiro e março deste ano, já foram realizadas mais de 3,4 mil cirurgias eletivas, tanto na rede pública quanto pelos hospitais contratados, quase 25% a mais do que no mesmo período de 2022.
A chefe da pasta explica que o aumento é fruto de uma série de ações planejadas com o objetivo de reduzir a fila de espera para os procedimentos eletivos e superar os efeitos da pandemia da covid-19, que gerou uma demanda reprimida.
No início deste ano, a SES aderiu ao Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF), instituído pelo Ministério da Saúde, que tem como finalidade ampliar a realização de cirurgias eletivas em todo o país.
Assim, além do acordo com hospitais particulares já em andamento, existe previsão para contrato de instituições para realização de cirurgias em outras sete especialidades, elencadas como prioridades baseado no tamanho da fila de espera, são elas: oftalmologia, ortopedia, urologia, proctologia, otorrinolaringologia, cabeça e pescoço e vascular.
Outra ação em andamento é a retomada dos procedimentos de vitrectomia (cirurgia ocular), realizados pelo Hospital de Base.
*Com informações da Secretaria de Saúde