Quatros novos genes são encontrados e relacionados ao câncer de mama.

Por Raquel Luiza,


Pesquisa amplia a quantidade de genes relacionados ao câncer de mama, e pode facilitar diagnóstico precoce em pacientes com pré-disposição

Ilustração mostra vários cromossomos em fundo azul - Metrópoles

Um dos fatores de risco para aumentar as chances de desenvolvimento do câncer de mama é ter a mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. Muitas mulheres, como a atriz Angelina Jolie, optam por fazer uma mastectomia para evitar que o tumor apareça no futuro.

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram mais quatro genes que estão associados com o surgimento do câncer: MAP3K1, LZTR1, SAMHD1 e CDKN2A.

O estudo foi publicado na revista Nature Genetics na quinta-feira (17/8). O levantamento analisou 26.368 casos de mulheres com câncer de mama e 217.673 de um grupo de controle.

Os genes são como instruções que o corpo lê para produzir proteínas essenciais. Os cientistas procuraram por pequenos erros de leitura em uma única letra desses genes que poderiam afetar a produção ou funcionamento das proteínas envolvidas na prevenção do tumor na mama.

Um deles, o MAP3K1, por exemplo, quando apresenta um erro específico, está associado a um aumento de cinco vezes no risco de câncer de mama, embora a mutação seja rara.

Até agora, o estudo identificou quatro genes, mas sugere que até 90 podem estar relacionados ao câncer de mama. No entanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar a relevância das mutações.

“Os exames de sangue atualmente oferecidos a mulheres com histórico familiar de câncer de mama no serviço de saúde para entender seu risco genético são vitais e, no futuro, pode ser possível fornecê-los a todas as mulheres”, afirma o líder da pesquisa Doug Easton, em entrevista ao site Daily Mail.

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