Por Raquel Luiza,
Manter uma alimentação saudável é fundamental para uma vida plena. Cada vez mais, estudos apontam os riscos dos alimentos ultraprocessados para a saúde, incluindo câncer, doenças cardíacas e até mesmo morte prematura. No entanto, até agora, uma avaliação completa dessas evidências estava ausente.
Pesquisadores da Deakin University resolveram preencher essa lacuna com um estudo abrangente publicado no British Medical Journal. Eles analisaram 45 meta-análises de 14 revisões diferentes, envolvendo quase 10 milhões de participantes. O financiamento desses estudos não teve envolvimento de empresas de alimentos ultraprocessados.
Os resultados foram contundentes: uma maior ingestão desses alimentos esteve associada a 32 resultados adversos para a saúde. Evidências convincentes mostraram um aumento de 50% no risco de morte por doenças cardiovasculares e um aumento de 48-53% no risco de ansiedade e transtornos mentais. Além disso, foi observado um aumento de 12% no risco de diabetes tipo 2.
Outras associações, embora menos conclusivas, mostraram aumentos significativos nos riscos de obesidade, depressão e problemas de sono. Os pesquisadores ressaltam que seus resultados são robustos e indicam a necessidade de políticas públicas para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e melhorar a saúde da população.
Essas descobertas são um alerta importante para todos nós sobre os impactos dos alimentos ultraprocessados em nossa saúde e bem-estar.