Por Raquel Luiza,
Doença de Parkinson ( DP) é uma doença neurogenerativa caracterizado pela perda da pigmentação dos neurônios dopaminérgicos da substância negra do mesencéfalo com presença de corpos e neurite de Lewy. Apresenta caráter progressivo caracterizado por tremor, lentidão no desenvolvimento da atividade motora (bradicinesia), rigidez e dificuldade em manter o equilíbrio.
Os sintomas são em grande parte devido à diminuição na produção de dopamina secundária à perda de neurônios no nível da substância negra (localizada nos gânglios da base e relacionada ao controle motor involuntário) e outros núcleos cerebrais com o locus coeruleus, núcleos da rafe, intermediolateral colunas da medula e gânglios simpáticos e parassimpáticos. Caracteristicamente, as inclusões são vistas dentro do citoplasma dos neurônios, corpos de Lewy.
Sua causa é desconhecida. Está relacionado à idade avançada e a fatores genéticos.
Os sintomas começam entre 40 e 70 anos. Existem formas juvenis que aparecem em menores de 30 anos.
Em quem ocorre?
Predominantemente em idosos > 60 anos ( a prevalência aumenta com o avança da idade).
Quais são os sintomas?
Tradicionalmente , a DP é descrita como um distúrbio motor! Os sintomas iniciais da doenç são: Tremor, bradicinesia, rigidez, instabilidade postural, dificuldade na marcha ( marcha parkinsoniana), redução súbita da destreza, voz macia, redução da expressão facial.
Além do eixo motor, temos: distúrbio do sono, redução do olfato, sintomas de disfunção sexual e dermatite seborréica), sensação de fraqueza, depressão ou anedonia, retardo do pensamento. Esses sintomas são mais comuns na fase inicial.
A bradicinesia é a lentidão no desenvolvimento dos movimentos voluntários com redução progressiva da velocidade e amplitude dos movimentos repetitivos. O paciente relata fraqueza e cansaço aos movimentos repetidos, com lentidão no desempenho de tarefas como vestir-se, limpar-se ou comer.
A rigidez é definida como um aumento da resistência à mobilização passiva. É uniforme em todo o movimento e não é influenciado pela velocidade de execução.
A instabilidade postural é expressa como uma tendência de se mover para frente (propulsão) ou para trás (retropulsão).
Além disso, sintomas como má expressão facial, redução da frequência de piscadas e micrografias (diminuição do tamanho da letra escrita) estão associados.
Existe uma disfunção do sistema autonômico, determinada pelo desequilíbrio entre a dopamina e acetilcolina, com silorréia (aumento da salivação), disfagia (dificuldade para engolir), constipação, hipotensão e noctúria (micção noturna frequente).
Nos estágios avançados, podem ocorrer sintomas depressivos, distúrbios do sono e deterioração das funções mentais superiores.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico.
Deve preencher os seguintes critérios:
- A pertubação ocorre no cenário da doença de Parkinson estabelecida.
- Surigimento insidioso e progressão gradual.
- O transtorno neurocognitivo não é atribuível a outra condição médica, não sendo mais bem explicada por outro transtorno mental.
Como é realizado o Tratamento da DP?
Fisioterapia e terapia de fala podem ajudar os pacientes. A DP em si é tratada com Selegilina nas fases iniciais, mas de longe a droga mais eficaz é a Levodopa, um percurson da dopamina. Quanto aos sintomas cognitivos, podemos usar inibidores de colinesterase, como Rivastigmina ( 3-12 mg dia via oral ou a opção transdérmica).
Existem três tipos de técnicas cirúrgicas que foram realizadas em pacientes que não são adequadamente controlados com medicação> cirurgia prejudicial (talamotomia do núcleo ventral intermediário), técnicas de estimulação cerebral profunda e transplantes neurais (implantes cerebrais de células adrenais, células do mesencéfalo fetal ou outras fontes de células dopaminérgicas.
Referências
- WILLIMA, D. R. et al. Characteristics of two distinct clinical phenotypes en pathologically provenprogressive supranuclear palsy: Richardson s syndrome and PSP-parkinsonism. Brain . 128 ( Pt6): 1247.2005.