Por Raquel Luiza,

O novo aliado contra os surtos de psoríase: fototerapia excimer laser

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e, ocasionalmente, das articulações.

Segundo dados da Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia (AEDV), 2% da população sofre de psoríase, uma doença inflamatória crônica da pele e, ocasionalmente, das articulações, que causa irritação e lesões escamosas. Embora possam aparecer em qualquer parte do tegumento mucocutâneo, incluindo as membranas mucosas e unhas, a psoríase geralmente ocorre em locais onde a pele está muito próxima ao plano ósseo (cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região sacral, etc.), de acordo com a entidade.

Assim, a ansiedade e a incerteza de que todos vivemos com esta pandemia têm desencadeado os picos de psoríase, mas também de outras doenças autoimunes dermatológicas crônicas, como vitiligo, dermatite atópica e alopecia areata, segundo a Dra. Verónica López, dermatologista no Hospital Quirónsalud Valencia e no Instituto Médico Ricart.

Sobre a psoríase, que é o foco deste artigo, o especialista explica que se trata de uma doença crônica, não contagiosa, sistêmica e inflamatória, e para a qual atualmente não existe cura definitiva.

“Afeta 125 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 1 milhão na Espanha. Pode ter uma expressão muito variável: desde pequenas placas, que podem passar despercebidas, até lesões que atingem toda a superfície corporal. Geralmente aparece entre 25 e 35 anos, embora também possa afetar crianças e idosos “, diz o dermatologista do Quirónsalud.

Nesse sentido, do AEDV especificam que em idades mais jovens costuma ser mais grave, tem pior evolução e está mais frequentemente associado a outras comorbidades, principalmente a artrite psoriática, que pode sofrer de pacientes com psoríase em até 30% dos casos.

“A doença não é hereditária, mas há uma predisposição genética para sofrê-la, e um terço dos afetados tem parentes diretos com psoríase. Mas, além dessa predisposição, são necessários outros gatilhos. Embora ainda não saibamos sua origem, é considerada uma doença de causa imunológica; a intensidade da reação é condicionada, além de fatores genéticos, por outros fatores ambientais e por fatores associados como estresse ou obesidade ”, enfatiza.

Assim, como comentado anteriormente pela Dra. Verónica López, em Dermatologia durante esta pandemia, multiplicaram-se as consultas para alterações como escamas e espessamento da pele de pessoas com psoríase, bem como a perda irregular da cor dos acometidos pelo vitiligo , ou perda de cabelo não cicatrizante em manchas arredondadas, especialmente na cabeça, sendo este o principal sintoma da alopecia areata.

“A origem da psoríase é desconhecida, mas entre as principais causas do seu desenvolvimento estão o sistema imunológico e a genética. Geralmente ocorre com surtos episódicos e fatores como estresse ou infecções rapidamente desencadeiam sua manifestação”, acrescenta.

Com isso, o dermatologista do Hospital Quirónsalud Valencia e do Instituto Médico Ricart destaca que é necessário ir ao dermatologista desde o primeiro momento em que se suspeite que esta patologia possa ser sofrida, ou que seus sintomas sejam desencadeados, para para fazer um diagnóstico precoce e evitar que se agrave.

Precisamente, esses centros de saúde têm o ‘Protocolo de Segurança Applus + contra a certificação covid-19 que garante sua conformidade com os padrões de desinfecção mais exigentes nesta pandemia. Além disso, todas as unidades de saúde na Espanha desenvolveram circuitos livres de vírus; Portanto, o contágio do coronavírus não deve causar medo nos pacientes ao comparecer à consulta.

A psoríase pode ser tratada

Nesse contexto, o Dr. López indica que a psoríase pode ser tratada e geralmente os tratamentos consistem na via oral ou tópica, enquanto as últimas inovações apontam para a fototerapia (tratamento com luz ultravioleta), “até agora com comprimento de onda muito limitado”.

No entanto, no Quirónsalud Valencia acabam de incorporar um inovador tratamento fototerápico para a psoríase, denominado ‘Exciplex’, “um tipo de fototerapia capaz de remir, desde a primeira sessão, surtos destas doenças de pele”, segundo o especialista Dr. Cristian Valenzuela, especialista no tratamento deste tipo de dermatoses crônicas no centro hospitalar.

É composto por um excimer laser, cuja principal vantagem é permitir a aplicação “direta e seletiva” sobre as lesões, proporcionando uma melhora precoce e mais prolongada da doença em comparação com os restantes tratamentos “.

Além disso, esse sistema diz que “consegue remissão da psoríase em até 85%, 100% no caso do vitiligo e atinge 70% do repovoamento capilar em pacientes com alopecia areata”, embora seja “três vezes mais potente do que outros dispositivos , uma vez que regula com eficácia os linfócitos T (células responsáveis ​​pelo controle dos processos inflamatórios), restaura a pigmentação e reduz a inflamação da pele. ”

Na opinião da Dra. Valenzuela, essa terapia melhora “consideravelmente” a qualidade de vida do paciente não só fisicamente, mas também emocionalmente em pacientes que convivem com essas doenças, cujos possíveis surtos estão se multiplicando pela incerteza que gera essa convivência. 19 pandemia.

“Sua eficácia está em sua tecnologia de ponta capaz de emitir um comprimento de onda maior que a fototerapia convencional e também atuar diretamente com foco na lesão cutânea. Além disso, permite acelerar o processo antiinflamatório e encurtar o tempo de tratamento”, afirma a dermatologista do Quirónsalud Valencia.