Glomerulonefritis: Causas, sintomas e tratamento

Por Raquel Luiza,

Los riñones de un donante con hepatitis C son aptos para trasplante

 

Sob este nome inclui-se um grupo de doenças de etiologia imunológica que produzem inflamação dos glomérulos.

Glomerulonefritis by Carla Rovira Aguilà

A lesão glomerular pode ser focal, se afetar menos de 50% dos glomérulos, ou difusa, se afetar mais de 50%. Da mesma forma, pode ser segmentar, se afetar uma porção do glomérulo, global, se afetar sua totalidade.
Em geral, essas doenças estão associadas ao depósito de anticorpos ao nível dos glomérulos.
O dano pode ser desencadeado por uma resposta inflamatória, uma reação contra automoléculas que possuem estrutura semelhante ao antígeno originador, ou pela geração de autoanticorpos (anticorpos contra automoléculas).

Glomerulonefritis

CAUSAS

A glomerulonefrite pode ser:

  • Primário, originário dos rins
  • Secundário, causado por uma ampla variedade de possíveis distúrbios
    Os distúrbios que causam glomerulonefrite secundária podem afetar outras partes do corpo além dos rins.

Glomerulonefrite aguda
A glomerulonefrite aguda ocorre com mais frequência como complicação de uma infecção na garganta ou na pele causada por estreptococos (por exemplo, faringite estreptocócica), uma classe de bactérias. A glomerulonefrite aguda que ocorre após uma infecção estreptocócica (glomerulonefrite pós-estreptocócica) geralmente se desenvolve em crianças com idades entre 2 e 10 anos após a recuperação da infecção. Infecções causadas por outros tipos de bactérias, como estafilococos e pneumococos, infecções virais como varicela e infecções parasitárias como a malária também podem causar glomerulonefrite aguda. A glomerulonefrite aguda que resulta de qualquer uma dessas infecções é chamada de glomerulonefrite pós-infecciosa.

A glomerulonefrite aguda também pode ser causada por doenças não infecciosas, como glomerulonefrite membranoproliferativa, nefropatia por imunoglobulina A (IgA), vasculite associada à imunoglobulina A, lúpus eritematoso sistêmico (lúpus), crioglobulinemia, síndrome de Goodpasture e granulomatose com poliangiite. A glomerulonefrite aguda que evolui para glomerulonefrite rapidamente progressiva geralmente resulta de distúrbios que envolvem respostas imunes anormais.

Glomerulonefrite crônica
A glomerulonefrite crônica geralmente parece resultar de um dos mesmos distúrbios que causam glomerulonefrite aguda, como nefropatia por IgA ou glomerulonefrite membranoproliferativa. Em alguns casos, a glomerulonefrite aguda torna-se uma doença de longo prazo (crônica) em vez de se resolver. A glomerulonefrite crônica às vezes é causada por nefrite hereditária, um distúrbio genético hereditário. Em muitas pessoas com glomerulonefrite crônica, a causa não pode ser identificada.

 

SINTOMAS

Pode apresentar-se com síndrome nefrótica, síndrome nefrótica ou insuficiência renal aguda rapidamente progressiva.

Cerca de metade das pessoas com glomerulonefrite aguda não apresenta sintomas. Quando há, os primeiros a se manifestar são a inflamação dos tecidos (edema) devido à retenção de líquidos, baixo volume de produção de urina e escurecimento da urina pela presença de sangue. O edema pode se manifestar inicialmente como inchaço da face e pálpebras, tornando-se mais tarde evidente nas pernas. A pressão arterial aumenta (consulte O controle corporal da pressão arterial) à medida que a função renal se deteriora. Algumas pessoas estão sonolentas ou confusas. Alguns sintomas inespecíficos, como náuseas e mal-estar, são muito comuns em idosos.

DIAGNÓSTICO

  • Análise de sangue
  • Análise de urina
  • biópsia renal
    Os médicos investigam a possibilidade de glomerulonefrite aguda em pessoas que desenvolvem sintomas sugestivos desse distúrbio. Eles também investigam a possibilidade desse distúrbio em pessoas cujos resultados laboratoriais (testes podem ser feitos para avaliar sintomas inespecíficos ou como parte de uma avaliação médica de rotina) indicam disfunção renal ou sangue na urina. Os exames laboratoriais mostram quantidades variáveis ​​de proteínas e células sanguíneas na urina e, muitas vezes, disfunção renal, como evidenciado por níveis elevados de uréia e creatinina (produtos residuais) no sangue.

Em pessoas com glomerulonefrite de progressão rápida, cilindros urinários (coleções de glóbulos vermelhos ou glóbulos brancos) podem ser vistos em amostras de urina examinadas ao microscópio. Os exames de sangue geralmente detectam anemia.

Quando os médicos suspeitam de glomerulonefrite, geralmente fazem uma biópsia renal para confirmar o diagnóstico, descobrir a causa e determinar a extensão da cicatrização, bem como o potencial de reverter o danoO diagnóstico certamente requer uma biópsia renal. A biópsia renal é realizada inserindo uma agulha em um dos rins sob orientação de ultra-som ou tomografia computadorizada (TC) para obter uma pequena quantidade de tecido renal. Embora a biópsia renal seja uma técnica invasiva e ocasionalmente possa causar complicações, geralmente é segura.

A glomerulonefrite crônica se desenvolve gradualmente, de modo que o médico não pode dizer exatamente quando começou. Ele pode ser descoberto realizando um exame de urina como parte de um exame médico e observando os resultados de proteínas e glóbulos vermelhos na urina de uma pessoa sem problemas de saúde, com função renal normal e sem sintomas. Os médicos geralmente fazem exames de imagem dos rins, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada.

A biópsia renal é a maneira mais confiável de distinguir a glomerulonefrite crônica de outras doenças renais; no entanto, raramente é realizado nos estágios avançados da doença. Nesses casos, os rins estão atrofiados e escleróticos, e a probabilidade de obter informações específicas sobre a causa é muito pequena. Os médicos suspeitam que os rins estejam atrofiados e esclerosados ​​se a função renal estiver baixa por muito tempo e os rins parecerem anormalmente pequenos em exames de imagem.

TRATAMENTO

É variável e depende da causa subjacente.
Em alguns casos, drogas com o efeito de suprimir a imunidade (imunossupressores) são úteis.
A plasmaférese também pode ser eficaz, procedimento pelo qual é possível extrair o plasma do paciente, eliminando os antígenos ou anticorpos que produzem a patologia.

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